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Artigo | Agilidade para ambientes não tecnológicos

Artigo | Agilidade para ambientes não tecnológicos

Agilidade para ambientes não tecnológicos

Organizações que buscam transformar sua estrutura de gestão em um modelo baseado em agilidade (agile) temem que essa forma de trabalho não se aplique a ambientes de gestão, ou seja, não tecnológicos. Essa é uma constatação feita com base nos dados da área de transformação ágil da MTB. Esses dados mostram que muitas organizações, mesmo que tenham sua área de tecnología bem consolidada, acreditam que as outras áreas que não estão envolvidas com tecnología não se encaixem em um ambiente ágil.

Para compreender melhor essa dúvida, há que se recordar que agilidade em si não é uma metodologia, tampouco um framework. Agilidade é um mindset, ou seja, pode ser vivenciado em qualquer área de qualquer organização. Assim, compreendida a existência desse mindset, se pode começar a busca por metodologias de trabalho ou frameworks que impulsionam a aplicação dos valores e princípios ágeis na operação diária de organizações. A partir daí é possível dizer que existem metodologias e frameworks que são mais apropriados para ambientes de tecnologia e outros para ambientes de gestão e negócios. 

Não é objetivo desse artigo apresentar os valores e princípios ágeis compartilhados no manifesto ágil. Esse documento por si já é muito claro e objetivo. De toda forma, para quem busca conhecer maiores detalhes sobre ele, a MTB disponibiliza uma versão do manifesto ágil comentada pelo seu time agilistas, para isso se recomenda a leitura do artigo “Manifesto ágil comentado”. Dessa forma, o propósito deste artigo é demonstrar que agilidade é para todo perfil de organização, tecnológica ou nao. Isso pelo simples fato de que ela é uma forma de pensar que pode ser vivenciada em qualquer ambiente.

Em profundidade, existem inúmeros frameworks de reconhecimento internacional que são utilizados por diversas organizações, tais como Scrum, XP, SAFe, Kanban, Management 3.0 e outros. Todos eles apresentam propostas para operacionalizar agilidade em organizações, porém o mais popular entre eles é o Scrum. 

Esse framework tem como principal característica o incentivo às constantes iterações e coleta de feedback, norteados por papéis, eventos e artefatos compondo as conhecidas Sprints. É justamente quando a agilidade se cruza com o Scrum que surgem agilistas dizendo que agilidade é para todos mas o Scrum não. Esse pensamento nasce com a naturalidade com que o Scrum se adequa ao ambiente de desenvolvimento de software, mas essa característica não deveria tirar a sua aplicabilidade também em outros ambientes ágeis. 

Sendo assim, o time de agilistas da MTB acredita que agilidade é para todos e o Scrum também! Desde que as equipes que o utilizem tenham clareza da necessidade de se organizar levando em consideração os pontos abaixo que estão recomendados no framework de transformação ágil da MTB:

1. Separar suas histórias a serem executadas na sprint atual, das histórias habilitadoras, que são aquelas que gerarão valor em sprints futuras. 

2. Caso a equipe (não tecnológica) ainda mantenha sobre si atividade rotineiras, que se crie o hábito de mapear essas tarefas em um Kanban de dia a dia. Isso caso não seja possível criar na estrutura da área uma equipe SMTs (Self team Management) que em uma estrutura ágil em nível de tribos é a equipe responsável por cuidar das atividade de rotina. 

Com essa visão e estrutura qualquer organização e qualquer área, mesmo que seja de pura gestao, pode ser converter em um modelo operacional ágil. Porém, mesmo que não se converta em um modelo operacional ágil com o uso de um framework como o Scrum por exemplo, a simples busca pelo desenvolvimento do mindset ágil já trará benefícios perceptíveis a qualquer estrutura de gestão.


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