Artigo | Carreira empreendedora ou corporativa: para quem você quer gerar lucro?
A dúvida sobre escolher uma carreira corporativa ou empreender é frequente. Essa decisão pode ter impactos positivos e negativos na vida de um profissional. Por isso, o que realmente se deve levar em consideração para essa escolha é o perfil e o propósito de quem busca essa resposta. Isso com a consciência de que um caminho não é melhor do que outro, mas sim que por trás dessa decisão existem pessoas com diferentes características, histórias e desejos.
Já há algum tempo nas organizações que a Moving vem promovendo transformação é comum se deparar com profissionais que dizem frases como: “me dedico intensamente para gerar lucro aos sócios da empresa”. Ao observar o grande volume de pessoas que diariamente lidam a angústia desse pensamento foi que a equipe do Moving Insights escreveu esse artigo.
O título desse texto já busca convidar os leitores a uma reflexão, além de ajudar no processo de autoconhecimento, que como resultado pode levar a tomada de decisão assertiva. Afinal, se alguém se propõem a atuar como colaborador de uma empresa, ela não está ali efetivamente para gerar lucro para a empresa e por consequência para os seus sócios?
Por sorte não existe uma definição teórica que classifique as pessoas que deveriam ter uma carreira corporativa ou empreendedora. Isso também não faria nenhum sentido, afinal, existem infinitas influências culturais presentes na formação de uma pessoa que podem impactar nessa decisão. Dessa forma, sem a realização de uma mentoria adequada não é possível afirmar quem deve e quem não deve seguir uma carreira empreendedora ou corporativa.
Porém, como reflexão, pode-se dizer de maneira superficial que se o incomodo em “gerar lucro para a organização e seus sócios” for constante, a ponto de acarretar frustrações diárias, com reflexos em outras áreas da vida, essa pessoa tenderá ao sucesso, pelo menos emocional, seguindo uma carreira empreendedora. Isso porque assim ela gerará lucro para ela mesma, excluindo o incomodo do “sócios” da sua realidade.
Nesse caminho é importante ter em mente que novas angústias surgirão, como por exemplo a definição de qual será o negócio, produto ou serviço. Aonde a empresa funcionará? Será em casa por meio do trabalho remeto, aluguel de uma sala ou vale partir para uma loja comercial? E a relação de custos versus investimento?
Pode-se chegar também ao ponto da necessidade de contratação, momento em que esse empreendedor precisará de pessoas como ele foi um dia, responsáveis para que a empresa, agora dele, tenha lucro e consequentemente ele, agora sócio, também tenha lucro.
Antes de chegar a esse ponto é muito provável que ele precise superar desafios relacionados a gestão e profissionalização de micro, pequenas e médias empresas. Desafios tais como, saber o regime de tributação, se vai ser Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido, ou seja, realização de um planejamento tributário. Assim como o cuidado com a identidade visual da empresa, definição das ferramentas financeiras para controle de caixa, fontes de em criar um site, busca de fornecedores, composição de preços, estrutura de gestão (ágil, tradicional, matricial), entre vários outros desafios e decisões relacionadas a gestão de organizações.
Por fim, vale ressaltar que a maior angústia que as pessoas que decidem por uma carreira empreendedora enfrentam, sem a menor dúvida, é a instabilidade financeira, principalmente nos primeiros anos do negócio. Pois, analisando por esse ponto de vista, se a escolha for por uma carreira corporativa, independente da realidade da empresa, se der lucro ou prejuízo a remuneração pelo trabalho realizado estará garantida.
É importante que fique claro que não há que se discutir se um é melhor que o outro, a carreira corporativa tem seus pontos positivos e negativos, assim como a carreira empreendedora. A verdadeira análise que precisa ser feita é em qual das carreiras você se sentirá motivado e completo, pois assim seguramente obterá êxito. Se for corporativa, sim, você estará gerando lucro para alguém, mas recebendo os honorários acordados para isso. Entretanto, se não quer gerar lucro para outra pessoa, seja empreendedor e assuma os ônus e bônus desta carreira.
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